Às vezes eu leio coisas que não devia, pela pouca quantida-
de de informações realmente importantes que trazem.

E sou invejoso. Como sou. Dos que sabem descrever o que 
escrevem. O que sentem. E não sei, mas carrego uma 
característica – sou teimoso.

Recentemente, mais exatamente hoje, aliás, neste 
momento, leio um texto a respeito da amargura dos 
derrotados, produzido por pessoa dita inteligente, proba, 
capaz, detentora de láureas e mais láureas, mas que se 
pendura na arrogância para mal falar dos “derrotados”.

Não me incluo entre eles (“derrotados”) graças a Deus, por 
que não disputo nada com ninguém. Apenas escolho meus 
caminhos e os sigo, como possível. Tenho a liberdade dos 
solitários e a ninguém preciso dizer aonde vou. Apenas 
vou.

Nesta questão da PREVI, que tanto amargura nossos 
colegas, não vejo como alguém que tanto prometeu em 
troca de votos, tendo-os conseguido e nada feito a partir de 
então, pode se julgar vencedor.

Mas vencedor de que? Desculpe a ignorância, caro colega, 
mas que vitória pode ser comemorada quando apenas após 
a posse é descoberto que as promessas feitas na campanha 
quedarão apenas ali, na campanha? De que serve a tal 
vitória, diante da incapacidade do “eleito” em defender os 
“eleitores”, como, aliás, havia jurado?

Realmente sou ignorante, embora não me julgue superior a 
todos, apenas a alguns, como por exemplo, aqueles que 
mentem para ganhar eleição e depois mentem para 
justificar a inoperância.

Quanto à confusão entre benefícios e salários, parece estar 
no seio de sua chapa, da mesma forma que transparência 
com confidencialidade. Confidencialidade? Qual? Sobre 
que assuntos?

Que exista, estrategicamente a respeito de aplicações e 
atuação mercadológica, tudo bem. Compreendo. Afinal 
minha ignorância não é tanta assim. Mas qual a justificati-
va para a confidencialidade das ações internas que visem o 
bem estar dos assistidos, a quem teimo em chamar de 
ASSOCIADOS, com letra maiúscula mesmo, pois do 
patrimônio da PREVI, metade eu deposito mensalmente. E 
também não ignoro que já fiz isso em apenas um terço, mas 
sou ASSOCIADO, jamais assistido.

O termo assistido, inclusive, representa muito bem o que 
querem fazer conosco, ASSOCIADOS da PREVI, tamanha a 
situação de penúria em que planejam nos deixar. 

É esta a confidencialidade? 

Ignorância e alienação. Realmente um casal insuportável, 
embora do mesmo sexo. E não deveria ser um casal, pois a 
elas se juntam a soberba, a arrogância, a falsidade, a 
traição.

Se os amargurados ainda não entenderam que a chapa três 
ganhou, eu não sei ao certo. Eu, e certamente vários 
milhares de “eleitores” ainda esperam que as promessas 
“não absurdas” feitas na campanha se concretizem, ao 
invés de esbarrarem na só agora descoberta “confidencia-
lidade”.

Quanto àqueles que “em vez de só criticar, escrever e se 
lamentar” se assim o fazem, é por, estes sim, respeitarem as 
leis. Se assim não fosse, os ditos “vitoriosos” não teriam a 
tranquilidade que tem sob a cobertura que as leis infeliz-
mente lhes dão e que nós, os ditos “derrotados”, respeita-
mos.

Mas não se iluda colega, que realmente quem sabe faz a 
hora. Não temos o que atrapalhar, nada está sendo feito. 
Lamento ter deixado seu conforto no belo Rio Grande para 
enfrentar a temperatura e as praias do Rio de Janeiro para 
tratar do famigerado empréstimo simples. Grande titica 
fizeram, grande desserviço prestaram aos que tanto 
endividaram. 

Não acredito que para produzirem “aquilo” foi preciso 
reunir. Muito melhor teria defendido seus “queridos 
eleitores” se trocasse o endividamento pelas melhorias 
que deixarão de produzir o enriquecimento ilícito do 
Banco, afinal, ainda seu patrão, pelo visto. Benefícios. É 
disso que necessitamos e é isso que queremos.

Sinto muito, senhor comendador, mas sua conversa em 
defesa do indefensável não me convenceu. Coisa de 
advogado. Não sei jogar biriba e muito menos truco. Deste 
último, não gosto das manifestações de “truculência”. 

Ainda assim, temos algo importante em comum. Também 
gosto de viajar. Só não sei até quando a sua chapa deixará 
que eu o faça.

Boa sorte e exponha o modelo da tal “declaração de 
confidencialidade”. Em branco mesmo.

Segundo o autor, a matéria que suscitou este artigo foi 
publicada no “Blog do Medeiros” no dia 25/07/14, com o 
título “Amargura de Derrotados”. 

23

revista

Solonel Campos Drumond Jr. é do CONFI da AAPPREVI