No limiar de 2015, ano que se auspicia portador de maus
bofes, segundo os pregoeiros do caos, me atrevo ao
chamamento à reflexão pela proteção das associações de
aposentados e pensionistas do nosso meio. Pois estas,
agindo de comum acordo sob o manto agregador da
FAABB, ou seguindo sua orientação bem intencionada, são
as legítimas defensoras dos benefícios previdenciários dos
seus filiados, posto que inscritas nos órgãos oficiais com
essa determinação. Também, por serem fiéis aos Estatutos
abertos à visitação pública, não admitem desvios de
conduta para satisfazer interesses megalômanos de
expansionismo monopolista. Nesse entendimento,
acertadamente cada associação cuida do seu pequeno
mundo se interligando com as coirmãs visando à comu-
nhão de ideias e propósitos pelas vias normais de conquis-
tas, seja através da troca de mensagens e confraterniza-
ções democráticas em congressos periódicos, seja na
consecução de atitudes individuais buscando os caminhos
dos corredores do judiciário e dos endereços daqueles que
firam os nossos interesses. Nesse sentido, sem fazer
separação entre BB/PREVI/CASSI/INSS/MF, o que eleva o
número de beneficiários por essas atitudes adotadas para
valer além dos muros dos seus domínios.
Portanto, pouco soma convocações plenas de verborragia
erudita encimada por jargões ufanistas defendendo a
desclassificação das Entidades existentes, com propósito
na formação de um poder paralelo envolvendo os quadros
sociais das agremiações fundadas legitimamente, algumas
com décadas de existência sem desagradar aos seus fiéis
mantenedores – prova da sua utilidade. Por isso, há que se
condenarem movimentos com viés duplo – esvaziar
associações operantes para engordar projetos de pessoas
físicas com intensões duvidosas. Ainda mais quando o foco
das novidades se vira para reversão da autoridade inerente
a todas elas.
Importa lembrar que Associações de Aposentados e
Pensionistas do Banco do Brasil não foram criadas, ou
existam, para formar chapas eleitorais recheadas de
apadrinhados para concorrência a cargos altamente
remunerados, normalmente acima de R$ 50.000,00
mensais como certos movimentos cuidam. De igual modo,
dirigentes dessas associações não devem fazer dos cargos
ocupados trampolim para alcançar sinecuras, com discurso
demagógico de que trabalham de graça. Se o fazem que
seja sob a ótica do voluntariado o que, mesmo assim, não
lhes dá o direito de exigir recompensa com pagamento na
forma de votos para cargos remunerados. Em resumo, as
associações e movimentos podem (e devem) contribuir na
formação de chapas com indicações de nomes, desde que
não estejam montados na sua cúpula atendendo interesses
individuais em detrimento do coletivo. Aliás, antes de
serem oficializadas, essas chapas deveriam ser objeto de
consulta prévia para exclusão dos aproveitadores,
apadrinhados e aventureiros que sempre contribuem com
seus retratos nos reclames eleitoreiros nas chapas para a
CASSI, PREVI e “grandes” associações, já que as “peque-
nas” não crescem aos olhos da cobiça de quem fabrica
essas chapas eleitorais.
No caso presente, comparo as lideranças de movimentos
segregacionistas e monopolistas ao pássaro CHUPIM que,
incapaz de construir seu próprio ninho, apodera-se dos já
existentes para neles botar seus ovos e depois alardeia que
o produto da descarada invasão é fruto dos seus “esfor-
ços”. Mas, é bom que se diga, existe uma brutal diferença
entre esses dois Chupins. Enquanto o verdadeiro por mais
incompetente que seja põe seus próprios ovos em ninhos
alheios, esse do nosso meio pratica invasão dupla rouban-
do ovos e ninhos para dizer que lhe pertençam, tal o
tamanho da sua cara de pau - ou absoluta falta de compe-
tência. Também, o Chupim que a natureza tolera não se
preocupa com a grandeza do ninho a escolher. Já o outro,
criado no asfalto e com a índole aproveitadora aprimorada,
busca os maiores ninhos aonde botar seus ovos na
esperança de que deles surjam grandes filhotes para
amparar seus sonhos de conquistas.
E por falar em competência, informo que a AAPPREVI
(www.aapprevi.com.br) acaba de festejar o seu sócio
cadastrado número 6.800. O que nos põe em estado de
alerta quanto às investidas que se acentuam dia após dia.
Por isso ela avisa aos CHUPINS de ocasião que jamais
permitirá o uso do seu ninho para chocar ovos espúrios.
Nem permitirá que roubem os seus.
Por fim, xô CHUPINS de meia tigela. Ao contrário do que
querem, vamos trabalhar cada vez mais com honestidade e
transparência para ajudar ao maior número possível de
aposentados e pensionistas do BB, pois para isto nos
escolheram crédulos do nosso voluntariado e total
convicção na certeza de não concorrer a cargos em outras
Entidades. O posto exercido com amor e dedicação já
oferece trabalho suficiente para encher nossos dias. E
trazer recompensa na satisfação do dever cumprido sem
ufanismo demagógico.
Marcos Cordeiro de Andrade é presidente da AAPPREVI
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