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revista

Não sou economista. Sou apenas um curioso, em 
matéria de Economia. Nada obstante, estudo 
Economia, desde o ano de 1970, quando Cesar Dantas 
Bacellar Sobrinho me indicou, com quinze anos de 
Banco do Brasil, e apenas no meio da carreira de 
funcionário do Banco, para Gerente da Carteira de 
Câmbio, e o Presidente Nestor Jost hesitou nomear-
me: “Bacelar, há tantos chefes de seção no Banco e 
você indica para gerente da mais importante Carteira 
do Banco um funcionário de meio de carreira?!” 
Bacelar não desistiu: “Meu candidato é esse. Você é o 
Presidente e nomeia quem achar que é competente 
para o cargo.” Nestor Jost deixou-me três meses como 
gerente substituto, para então nomear-me. Levou-me 
até a um périplo pela África para conhecer-me. Acho 
que um parecer, contrário à opinião dele mesmo, 
sobre um empréstimo internacional, foi decisivo.

Possuo e estudo uns dez livros de curso de Economia 
de professores norte-americanos, entre eles os de 
Paul Samuelson, Paul Krugman e N. Gregory Mankiw. 
Possuo exemplar, e os li, dos 50 mais famosos livros da 
História da Economia. Entendo que aprendi uma lição: 
Economia não ensina a escolher a melhor organização 
de sociedade e de Estado. Economia apenas explica 
por que a economia de mercado, isto é, a economia 
que aí existe, subsiste e, apesar das deficiências, é 
capaz de prover a subsistência da Humanidade e 
promover a riqueza, isto é, a produção de bens, o 
progresso.

É isso que entendo Paul Krugman tenta transmitir 
nestas expressões do capítulo 13 (Eficiência e 
Equidade) do seu livro de texto escolar: “E se as 
escolhas reais são limitadas a A (eficiência) ou C 
(ineficiência)? Você deveria preferir, como eleitor, as 
eficientes políticas...? Não necessariamente... Como 
dizem os economistas, muitas vezes vale a pena trocar 
menos eficiência por mais equidade, mas não é 
sempre. Portanto, é importante recordar o que a 
eficiência não é. A eficiência não é um objetivo em si 
mesmo, para ser perseguido à custa de outros 
objetivos. Ela é apenas uma maneira de alcançar 
nossos objetivos mais efetivamente, quaisquer que 

sejam esses objetivos.”

Assim, outras são as ciências que iluminam a Humani-
dade nas decisões sobre a escolha de seu destino, 
sobre a sociedade e o Estado em que deseja viver: 
Sociologia, História, Antropologia, Biologia, Ciência 
Política, Ciências da Natureza.

O que diz a História a esse respeito? Que desde os 
primórdios das sociedades civilizadas o homem 
pretendeu viver numa sociedade fraterna, onde o 
forte usasse o seu poder, não para escravizar o fraco, 
mas para ampará-lo e nivelar o quanto possível as 
condições de vida de todas as pessoas: civilização 
sumeriana e código de Hamurabi.

A civilização grega, cujos princípios embasam a 
civilização contemporânea ocidental, que hoje 
exerce influência até sobre as grandiosas civilizações 
chinesa e indiana, nos seus primórdios, a era homéri-
ca, admitia que todos os homens eram de origem 
divina, filhos da grandiosa cópula dos deuses Urano (o 
Firmamento) e Geia (a Terra), irmãos, de segunda 
classe, é verdade, dos próprios deuses do Olimpo! A 
reforma de Sólon e a de Clístenes criaram uma 
sociedade de cidadãos que, em conjunto, redigiam as 
leis que os governavam.

O Cristianismo de Paulo de Tarso conquistou Roma, a 
mãe do Imperador e o próprio imperador, com a 
mensagem revolucionária de Jesus Cristo “Amarás o 
Senhor teu Deus, com todo o coração... e amarás o 
próximo como a ti mesmo.” (Mateus, 22-37 e 39), 
replicada noutras expressões instrutivas aos cristãos 
de todos os tempos: “Ora, vós sois o corpo de Cristo e 
cada um como parte é membro. (Epístola aos Corínti-
os, 12-27)...Ainda há mais, os membros do corpo que 
mais fracos nos parecem, são necessários (Ibidem,12-
22)...Ora, Deus dispôs o corpo dando maior decência 
ao que dela carecia, a fim de que não houvesse 
divisões no corpo, antes todos os membros se 
preocupassem por igual uns com os outros.” (Ibi-
dem,12-24e 25)