A omissão é uma grave e condenável escolha de quem
opta por não assumir responsabilidades. As razões
que levam a essa prática, não necessariamente
apontadas como desvio de caráter, certamente
acarretam prejuízos a terceiros e ao indivíduo dono da
Ação. Ao próprio omisso pelo vazio deixado em sua
consciência em razão de que poderia ter tido melhor
desempenho ao lidar com a omissão em si. Aos outros,
pela frustração da não correspondência do que do
omisso se esperava em termos de atitude coerente
com geração de expectativa.
Ao não servir de desculpa para o afastamento do
registro de uma decisão, a omissão não deve ser
praticada quando exigida uma tomada de posição de
quem de direito. Sempre será preferível pecar por erro
de conceituação, do que pecar por omissão.
Muito se tem dito que aposentados e pensionistas têm
se afastado da realidade no dia-a-dia de sua classe,
notadamente no que tange à passividade com que
veem passar à sua frente oportunidades de contribuir
para que melhorias marquem suas vidas. Seja no
campo espiritual, sentimental e, mais que tudo, na
esfera material, o alheamento beira o conformismo.
A propósito, sempre que somos procurados em busca
de opiniões, tem-se como fundamental analisar os
propósitos implícitos nos pedidos, pois ninguém, em
sã consciência, se dá ao trabalho de procurar pessoas
buscando concordância com suas ideias se estas não
forem claras, objetivas e bem-intencionadas. Nesse
sentido, também ninguém empenha sua reputação ao
propagar conceitos como benfazejos se ela mesma
não lhes der crédito com o exemplo pessoal. Vários
são os caminhos que nos trazem informações nesse
contexto e nunca é demais examinar o que nos
mandam. Os santinhos postos em nossa caixa de
correio devem ser avaliados antes de destinados ao
lixo. Igualmente, os e-mails que nos destinam, se
comprovada procedência legal, merecem atenção
para avaliação daquilo a que se prestam.
Sabedores de que 2018 será um “ano de eleições” no
nosso pequeno mundo de aposentados e pensionistas,
mais precisamente no âmbito das duas Caixas de que
dependemos – PREVI e CASSI - temos por obrigação
banir a omissão ao se tratar desses assuntos. Fazer
vista grossa aos apelos deixando que outrem cuidem
do nosso dever depõe contra quem assim age. É
preciso atuar com responsabilidade mantendo
atenção redobrada ao que nos é dito a título de
informação, seja à boca pequena pelos colegas bem
informados, seja pelo correio na forma de propaganda
de chapas, seja através de e-mails dos formadores de
opinião. Ou, ainda, pelos boletins e revistas das nossas
associações e Entidades outras. Tudo tem serventia.
Tudo serve de instrumento para aguçar nossa
capacidade de discernimento na escolha certa
quando for hora de votar - sem omissão em qualquer
dos estágios fundamentais do processo: conhecimen-
to, escolha e votação.
Como toda a sociedade, vivenciamos hoje os chama-
dos “tempos bicudos”. Porém, no nosso caso, com
maior peso sobre os ombros porque pouquíssimas são
as oportunidades que temos de, ao menos, tentar
modificar o que nos é dado usufruir como direito
adquirido. De ressaltar que na condição de aposenta-
dos e pensionistas não somos assistidos por sindica-
tos, mas tão somente pelos benefícios previdenciários
comprados a prestações, e pagos com diminuição dos
nossos salários/benefícios durante anos sem fim
visando o correspondente atendimento condigno
que, infelizmente, não é respeitado. Por isso, já que
não podemos modificar o que vai pela previdência
oficial, usemos do direito de exigir da PREVI e da CASSI
assistência responsável para suprir nossas necessida-
des básicas no campo financeiro e no da saúde,
segundo rezam seus estatutos. Sem esquecer que se
especula sobre privatização do patrocinador das duas
Caixas. E isto, em acontecendo, acarretará danos
imprevisíveis posto que até mesmo a contumácia do
crédito dos proventos dos benefícios todo dia 20 será
ameaçada.
Portanto, necessitamos urgentemente de instrumen-
tos que conduzam à solidez dos nossos ganhos
6