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Minha segunda Copa do mundo no Brasil

Minha segunda Copa do mundo no Brasil

Por Marcos Cordeiro. Sou do tempo em que copa do mundo era tão festejada no Brasil antes quanto durante. Diferentemente do que hoje ocorre, vivia-se o clima da Copa a partir da participação da nossa seleção nas eliminatórias (quando precisava delas para se classificar). Desde a Copa de 50, a que mais me marcou, meu espírito e alma se vestem de verde e amarelo nessas ocasiões. E, em meio a todos esses eventos, não me recordo de um tão fraco em empolgação como este que vivenciamos. Por isso o panorama de hoje me entristece, pois pouco se veem ruas embandeiradas, asfaltos e muros pintados com rostos de jogadores, emblemas da CBF e frases de efeito. Também não são distribuídas tabelas dos jogos com chaves, datas e locais. Se duvidar este é o País menos empolgado dentre todos os participantes da Copa. Logo nesta Copa que deveria se constituir para nós na mais festiva de todas em que o Brasil já tenha atuado. Não só por se desenrolar aqui, mas, e principalmente, por ser esta a oportunidade de se lavar a alma do torcedor brasileiro conspurcada naquela outra em que o Uruguai nos tirou a taça das mãos. Entendo até que nem as cinco outras que vencemos depois conseguiu apagar de todo a frustração que o Brasil amargou com aquela derrota. E agora, quando a “pátria de chuteiras” pode mostrar ao mundo o que é ser o “país do futebol”, movimentos negativistas se encarregam de empanar o brilho da competição, justamente por se efetivar nos nossos campos, como se esse acontecimento fosse coisa corriqueira que possamos repeti-lo sem Deus mandar bom tempo. É preciso saber diferenciar as coisas e não misturar alhos com bugalhos. Não se podem transferir culpas para não culpados. Nem procurar razões para justificar erros históricos que imperam na política do País, se esse for o caso. Até porque, a nossa índole está acostumada a sobreviver a catástrofes usando de sabedoria separadora. Nem os males vindos dos céus nem os da terra conseguirão abalar à toa nossa capacidade de superação. Não tanto quanto a supressão dos prazeres gratuitos será capaz de fazê-lo. Nós não somos um povo cético, ao contrário, cremos nas coisas divinas e as respeitamos cultivando a fé em imensas expressões conjuntas. Também somos um povo alegre que derrota o sofrimento com comemorações coletivas, partilhadas maciçamente nos carnavais e no futebol – seja como atuantes, coadjuvantes ou simplesmente admiradores. Como se vê, sempre que envolvemos sentimentos fortes procuramos agir coletivamente. Portanto, não deixemos que avaliações estranhas invadam nossas mentes afastando a alegria de viver. Festejemos a vida. Demos vazão à oportunidade única de extravasar nosso sentimento de ufanismo. Vamos torcer pela seleção canarinho ao jogar dentro da nossa casa, pois, com absoluta certeza, muitos de nós jamais teremos outra oportunidade como essa. Isto porque, se a próxima copa a se realizar no Brasil demorar outros 64 anos os da minha idade já terão batido as botas há décadas. Acordemos para a realidade, vamos enfeitar nossas...

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Revista Direitos 15ª Edição no ar!

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Alta dos preços de imóveis perde força pelo quinto mês

Alta dos preços de imóveis perde força pelo quinto mês

A alta dos preços dos imóveis perdeu força pelo quinto mês seguido em abril, segundo pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). No mês passado, o preço médio do metro quadrado nas 16 cidades pesquisadas teve alta de 0,49% em relação a março. No mês anterior, a alta fora de 0,64%. Na comparação com abril de 2013, a alta média do metro quadrado ficou em 11,8%. No acumulado do ano, a alta é de 2,48% – abaixo da inflação para o período, estimada em 2,99%. A maior alta foi registrada em Fortaleza, de 4,04%. Já em Porto Alegre, os preços tiveram queda de 1,63%, e em Brasília, de 0,2%. Os valores médios do metro quadrado em dezembro ficaram entre R$ 10.538 (Rio de Janeiro) e R$ 3.937 (Vila Velha). Em São Paulo, foi de R$ 8.003, e na média das 16 cidades, de R$ 7.455. Na passagem de março para abril, o preço do metro quadrado teve queda em Porto Alegre, de 1,35%, Curitiba (-0,57%) e Florianópolis (-0,13%). A maior alta, de 1,38%, foi registrada em Fortaleza, seguida por Vitória (0,78%) e Niterói (0,76%). Fonte:...

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Idosa de 107 anos recebe aposentadoria atrasada

Idosa de 107 anos recebe aposentadoria atrasada

Após 23 anos de espera, a aposentada Geralda Benedita de Morais, de 107 anos, conseguiu receber resíduos de sua aposentadoria, na tarde desta segunda-feira (5), em Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia. Junto com outros colegas da época em que era trabalhadora rural, ela entrou com ação trabalhista em 1991, mas somente há pouco mais de um mês, recebeu decisão favorável ao pedido. Segundo o advogado da idosa, Luiz Gonzaga Cordeiro, ela estava feliz em receber a quantia, um valor total de R$ 11,4 mil. “Ela pegou R$ 1 mil em dinheiro e depositou o restante em uma conta no banco”, afirmou Cordeiro ao G1. Geralda faz parte de um grupo com mais 869 pessoas que tem direito ao benefício do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Após se aposentar, ela recebeu, entre 1988 e 1991, meio salário mínimo. Porém, a Constituição Federal de 1988 determinou que os trabalhadores rurais tivessem direito a receber o salário mínimo integral. De acordo com o advogado, a idosa vai utilizar o dinheiro para reformar uma casa onde ela viveu durante mais de 40 anos, mas que estava com a estrutura muito ruim. Junto com um colega, Cordeiro representa todos do grupo que acionou a Justiça para receber os proventos atrasados. “Mais da metade já morreu. Neste caso, os herdeiros deles também têm direito ao benefício. Ao todo, mais de cem pessoas já obtiveram ganho de causa e receberam o dinheiro”, revela o advogado. Para o advogado, o caso é considerado um exemplo. “Mesmo com 107 anos, ela nunca desistiu da ação. Mostra que é preciso persistir sempre”, elogia. Fonte:...

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MPF ajuíza Ação contra a PREVIC

MPF ajuíza Ação contra a PREVIC

Manobra permitiu distribuição de bilhões de reais a empresas patrocinadoras de fundos de pensão O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro ajuizou nesta quarta-feira, 2 de abril, ação civil pública, com pedido de liminar, contra a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) por permitir a reversão ilegal de valores de fundos de pensão às empresas patrocinadoras. Por conta de uma manobra, a Caixa de Previdência do Banco do Brasil (Previ), por exemplo, transferiu ilegalmente mais de R$ 7,5 bilhões para o Banco do Brasil em detrimento dos participantes de um de seus planos de benefícios. (processo nº 2014.51.01.114138-1 JF/RJ) Clique aqui e leia a íntegra da ação civil pública De acordo com a Lei Complementar n° 109/2001, os fundos de pensão devem calcular o montante necessário para cumprir com as despesas e obrigações de cada um de seus planos de benefícios. O valor que esteja até 25% acima desse limite deve compor uma reserva de contingência. Caso o superávit ultrapasse esse limite, deve haver a readequação do plano de benefícios. A lei admite, expressamente, como formas possíveis dessa readequação, a suspensão e a redução das contribuições ao fundo por seus participantes e patrocinadores e a melhoria permanente ou temporária dos benefícios. Além disso, a norma impõe que as reservas de cada plano sejam destinadas apenas ao pagamento de benefícios de caráter previdenciário. No entanto, uma resolução editada em 2008 pelo Conselho de Gestão de Previdência Complementar (CGPC) passou a permitir que, em casos de revisão dos planos de benefícios, parte das reservas acumuladas pelos planos fosse apropriada também pelas empresas que os patrocinam, contrariando a lei. Na ação ajuizada, o MPF ataca as autorizações concedidas pela Previc com base nessa resolução ilegal. Dupla ilegalidade A ação ataca outras formas de apropriação de reservas, que o MPF descreve como “duplamente ilegais”, por violarem a lei complementar e também o procedimento estabelecido na própria resolução do governo. A Caixa de Previdência do Banco do Brasil, por exemplo, não seguiu o mesmo caminho de outros fundos, que formalizaram na Previc um pedido de autorização de reversão aos patrocinadores. Ela obteve a autorização para uma mera “alteração regulamentar” que embutiu a transferência ilegal de reservas de um de seus planos de benefícios para uma conta a ser utilizada pelo Banco do Brasil, “a critério do próprio banco”. Isso foi feito com a tolerância da Previc, mesmo com manifestação contrária da Secretaria do Tesouro Nacional, e gerou a transferência ilegal, até agora, de R$ 7,5 bilhões aos patrocinadores da Previ, em detrimento dos participantes de um de seus planos de benefícios. De acordo com o procurador da República Gustavo Magno Albuquerque, responsável pela ação, “a norma que rege os fundos de pensão estabelece um sistema bastante claro para os casos de superávit dos planos de benefícios. Os princípios do regime de previdência complementar, a destinação das reservas formadas pelos fundos e o tratamento dos casos de superávit ou déficit constam da lei de forma estruturada e lógica. A resolução editada pelo governo viola...

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