Editorial 19ª Edição

Editorial 19ª Edição

A saúde da CASSI vai mal e ela agoniza à falta do remédio adequado. Dos males que a afligem o pior deles é a má gestão de forma continuada. É certo que há outros vetores malignos, mas a entrega do comando central à nomeação do patrocinador dá margem ao que se vê. Mesmo com a promessa de que a medicação certa está a caminho, os associados não podem se deixar vencer pela errônea prescrição do Banco do Brasil que quer aplicar a fórmula mágica da irresponsabilidade para a esperada cura. Prescrição essa que inclui desligar os aparelhos que mantêm a nossa Caixa de Assistência sobrevivendo. Cabe então aos que são aceitos como negociadores na questão ficar atentos sem se deixar ludibriar. Basta ter em mente que em termos de negociações com aposentados e pensionistas oriundos dos seus quadros o Banco do Brasil não é confiável. Nesse ponto, é bom lembrar o acordo de 24/11/2010 onde o também patrocinador da PREVI assinou e não cumpriu um Termo de Compromisso com aval do governo (leia-se Ministérios do Planejamento e da Fazenda).

Como agravante da suspeição, temos presente a proposta do Banco que tem como carro chefe a retirada do patrocínio em troca do aporte de verba alocada em seus balanços, suficientes apenas para manutenção do plano por mais 6/8 anos. E depois disso os aposentados e pensionistas terão que arcar com tudo sozinhos causando a extinção definitiva da CASSI.

Outro destaque que põe em alerta o lado de cá – associados da CASSI – é o fato de que os plenipotenciários negociadores do lado do Banco não sentirão falta da CASSI. Eles mesmos já cuidaram de assegurar salários da ordem de 50.000 reais mensais garantidores de aposentadoria compatível, complementada pela PREVI mesmo sem contribuir adequadamente para usufruir desse benefício. Para eles mais importa agradar aos seus patrões do que garantir continuidade da assistência aos aposentados e pensionistas – portadores de benefícios previdenciários de um único dígito, na maioria dos casos.

Alerta, portanto, aos que forem aceitos pelo patrocinador a figurar como negociadores em nome dos aposentados e pensionistas.

DIGAM NÃO às indecentes e aviltantes cláusulas da proposta divulgada.

DIGAM NÃO à hipótese de consulta plebiscitária.

Entendam que foram chamados como representantes de TODOS os sócios das Entidades que representam e, assim sendo, não precisam consultá-los para corroborar assinatura de resultado lesivo aos seus interesses. Ou defendam acordo digno, com garantia de cumprimento, ou retirem-se da negociação com os olhos voltados para o caminho do Judiciário. Lembrem-se, basta a ausência da assinatura de UMA das partes para invalidar qualquer acordo.

Por favor, não se dobrem por preço algum – SALVEM A CASSI.